“Correr é o esporte mais democrático para as pessoas praticarem”, resumiu Marcelo Fachinello (Pode), no CMC Podcasts. O vereador escolheu o tema das corridas de rua para debate no Tribuna Livre, com dois convidados especiais: Marcelo Alves, que organiza a prova The Hardest Run, a maior corrida beneficente de Curitiba, e Arthur Trauczynski, fundador da Global Vita Sports, empresa que organiza famosas provas na capital paranaense.
Fachinello disse que, além de ser acessível a todas as pessoas, a corrida de rua também movimenta a economia curitibana. “Dentro da minha bandeira do esporte, estamos trabalhando para ajudar a promoção da corrida de rua, facilitar para quem promove e para quem participa desse tipo de evento na cidade”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Curitiba (CMC). O parlamentar destacou políticas públicas voltadas para o setor, especialmente o chamamento público para as provas de corrida de rua em Curitiba para os anos de 2025 e de 2026.
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O vereador disse que o objetivo é lançar o chamamento com antecedência de 5 a 6 meses antes do final do ano, para antecipar o diálogo com quem organiza as corridas de rua. Fachinello disse que, com mais datas e mais percursos alternativos, Curitiba pode promover até quatro provas no final de semana e realizar provas noturnas durante a semana. “Assim, não incomoda sempre as mesmas pessoas com som e trânsito. Com mais datas, as corridas de rua geram mais oportunidades e recursos para a economia local”, disse Fachinello.
Arthur Trauczynski, o Tuca, destacou o impacto econômico da última Maratona de Curitiba, realizada em 2023. Foram 11 mil inscritos, sendo 48% dos corredores fora de Curitiba. Vieram à capital paranaense atletas de 12 países. “Utilizando ferramentas do próprio Ministério do Turismo para calcular o impacto econômico, o período da semana da maratona trouxe mais de R$ 25 milhões de retorno direto para a economia”, disse Tuca. Ele também resumiu todos os passos para organizar uma prova: dialogar com diferentes esferas públicas, concorrer em um edital de chamamento público, desenvolver o percurso, criar identidade visual, contatar atletas, conseguir patrocinadores e comunicar órgãos ligados ao turismo.
No caso do The Hardest Run, Fachinello lembrou que o evento precisa de patrocínio para cobrir 100% dos custos da prova, uma vez que o dinheiro da inscrição é todo destinado para o Hospital Erastinho. Marcelo Alves disse que muitas lideranças de multinacionais que patrocinam a The Hardest Run dizem que a prova oferece um dos melhores retornos financeiros das companhias. “É isso de multinacionais que descarregam milhões de patrocínio em programas de TV, como Big Brother”, disse Alves. Para a quarta edição, este ano, Marcelo Alves disse que a The Hardest Run pretende arrecadar R$ 2 milhões – o montante será utilizado para dobrar a capacidade de atendimento e de transplante do Departamento de Medula Óssea do Erastinho.
Os participantes também deram dicas para quem está pensando em começar a correr. Tendo participado da World Marathon Challenge, correndo sete maratonas em sete dias seguidos em sete continentes diferentes, Marcelo Alves aconselhou aos iniciantes apenas assistir a uma prova. “Impossível não se comover com o esforço de quem está participando de uma corrida”, disse Alves. Marcelo Fachinello destacou seu projeto com o PAR-Q (Physical Activity Readiness Questionnaire), que flexibiliza o comprovante de aptidão física em academias para quem buscar uma preparação mais específica.
Marcelo Alves, além de contar sua participação no World Marathon Challenge, disse que seu sonho é ver uma maratona com 30 mil ou, até mesmo, com 40 mil corredores em Curitiba. Tuca complementou dizendo que o esporte é uma ferramenta de transformação que vai além do individual: “o esporte transforma culturalmente uma cidade. Traz um juízo de valor e de aprendizagem em todas as esferas da nossa vida”. Fachinello ressaltou o ganho coletivo das corridas de rua. “A corrida deixa uma sensação de pertencimento em relação à cidade”, salientou o vereador.
As provas de corrida de rua foram o tema deste Tribuna Livre do CMC Podcasts, que é um espaço para vereadoras e vereadores de Curitiba trazerem até dois convidados para debates de assuntos relevantes. O CMC Podcasts conta também com outros programas produzidos pela Diretoria de Comunicação Social da Câmara de Curitiba, com episódios temáticos elaborados de acordo com as comissões permanentes da casa. Há também o Curitibou?, programa de entretenimento para falar de curiosidades e de curitibanices. Os episódios podem ser acompanhados no YouTube ou no Spotify.
Texto da Câmara Municipal de Curitiba