Neste Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro, alguns ícones de Curitiba receberam iluminação especial. A pedido do vereador Marcelo Fachinello (Pode) a sede histórica da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), a estufa do Jardim Botânico, o obelisco da Praça 19 de Dezembro, a Praça 29 de Março e o Memorial da Imigração Japonesa da Praça do Japão foram iluminados na cor verde, na noite de quarta-feira (27/9).
“A ideia é reforçar a importância da doação de órgãos e lembrar o número de vidas que podem ser salvas. Um doador de órgãos pode salvar até dez vidas e ajudar uma centena de pessoas”, destacou Marcelo Fachinello (Pode), presidente da CMC.
Fachinello foi é o autor das duas indicações aprovadas pelo plenário, sugerindo que a Prefeitura de Curitiba, a exemplo do Palácio Rio Branco, iluminasse os monumentos, além de realizar campanhas para ampliar a compreensão das pessoas sobre a importância de ser doador de órgãos.
“O Brasil é o segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos EUA, mas ainda temos 60 mil pessoas aguardando na fila do transplante”, alertou Fachinello.
Transplantes em Curitiba
Curitiba tem sete centros transplantadores, os hospitais de Clínicas, Cajuru, Evangélico Mackenzie, Erasto Gaertner, Pequeno Príncipe, Santa Casa e São Vicente.
Em 2022, foram realizados 734 transplantes pelo SUS Curitibano. Em 2023, de janeiro a julho, já foram 504 transplantes, o que projeta uma ampliação significativa para o ano. Todo o tratamento pré e pós transplante é realizado em clínicas e hospitais contratualizados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
Paraná
O Paraná alcançou o maior número de doações efetivas de órgãos para transplantes em 2023. Foram registrados 243 doadores de janeiro a junho, o que garantiu a posição de liderança no ranking nacional, com a marca de 42,5 doadores por milhão de população (pmp), seguido por Santa Catarina, com 41,5 pmp, Rondônia, com 30,4 pmp, e Ceará, com 27,5 pmp.A taxa de doações no Brasil ficou em 19 pmp. Os números estão no relatório semestral da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), divulgado em 31 de agosto de 2023.
Segundo levantamento do Sistema Estadual de Transplantes do Paraná, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde, atualmente 3.503 pessoas esperam por um transplante no estado. A fila é maior para quem necessita de um rim – 1.937 pacientes. Na sequência, estão 1.278 pacientes esperando por um transplante de córnea, 244 para transplante de fígado, 29 para coração, 24 para rim/pâncreas e 20 para pulmão.
Sistema Nacional de Transplantes
O Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, que é garantido a toda a população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Cerca de 90% dos transplantes realizados no Brasil são financiados pelo SUS.
O Sistema Nacional de Transplantes (SNT), vinculado ao Ministério da Saúde, é responsável pela regulamentação, controle e monitoramento do processo de doação e transplantes realizados no país. A lista para transplantes é única e vale tanto para pacientes do SUS quanto para os da rede privada.
O país conta com 27 Centrais Estaduais de Transplantes, vinculadas às secretarias estaduais da Saúde. No Paraná, a rede é composta pela Central Estadual de Transplantes, localizada em Curitiba, além de quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPO), em Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel. Estas unidades trabalham na orientação e capacitação das equipes das Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, distribuídas em 67 hospitais do Estado.