Promovida no Paraná desde 2019, a The Hardest Run será incluída no calendário oficial da capital por iniciativa da Câmara Municipal de Curitiba (CMC). Nesta segunda-feira (24), o projeto de lei foi aprovado com 29 votos favoráveis em primeiro turno. A inclusão da corrida na agenda de eventos da cidade serve para facilitar a organização das próximas edições. Evento internacional realizado desde 2012, seu objetivo é conscientizar a população sobre a doação de sangue e de medula óssea.
A corrida foi realizada em Curitiba, pela primeira vez, em 2019, com o objetivo de arrecadar fundos para a construção do Hospital Erastinho – especializado no tratamento de crianças com câncer. Na última edição, em 2023, a The Hardest Run teve a participação de 14 mil corredores e arrecadou R$ 1,75 milhão para levar energia solar ao Erastinho, economizando mensalmente R$ 100 mil dos custos operacionais do hospital. Neste mesmo ano, o evento tornou-se a maior corrida solidária da América Latina, com uma doação total de R$ 6 milhões realizada em toda sua trajetória.
“Isso permitiu um aumento significativo no número de procedimentos médicos oferecidos, incluindo sessões de quimioterapia e cirurgias oncológicas”, diz o autor do projeto de lei que que inclui o evento no calendário oficial da cidade, Marcelo Fachinello (Pode). “A corrida tem relevância e objetivos filantrópicos. Precisamos continuar incentivando o espírito solidário em prol de uma das causas mais nobres, que é a luta pela vida”, completa a justificativa da iniciativa (005.00038.2024).
Ao defender sua proposta em plenário, Fachinello disse que esta pauta é de “cunho solidário e esportivo”. “Não costumo fazer projetos que instituem datas especiais no calendário oficial da cidade, mas, neste caso, abri uma exceção porque é uma causa muito nobre e relacionada à minha principal bandeira de atuação, que é o esporte”, relembrou. A corrida acontece sempre no segundo semestre, e em 2024 será em 20 de outubro. As inscrições serão abertas em primeiro lote na próxima semana.
“É a maior corrida beneficente do Brasil e uma das maiores da América Latina. […] Neste ano teremos um número maior [de participantes]. Serão 16 mil pessoas, no mínimo, que vão participar desta corrida e certamente [será arrecadado] um valor aproximado de R$ 2 milhões, destinados a uma instituição. Por isso que esta corrida ganhou dos curitibanos um apreço, um respeito, a vontade de participar de uma prova de rua”, complementou Fachinello.
Leonidas Dias (Pode) elogiou a organização do evento, que é uma referência para outras competições com foco solidário. “A corrida, a gente acompanha desde o início e, durante a pandemia, mesmo com as dificuldades, foi sensacional”, completou Indiara Barbosa (Novo). “Muitas pessoas se inspiram, ao participar da corrida, a continuarem correndo. E isso é meu caso”, disse Bruno Pessuti (Pode), ao sugerir que a Prefeitura de Curitiba altere os horários de início das largadas das corridas, para que comece mais tarde, visando a atrair mais competidores.
Além da proposta original, o plenário ainda aprovou, com 24 votos “sim”, uma emenda modificativa (034.00018.2024), que faz um ajuste técnico na ementa do projeto. Agora, a matéria precisa passar por nova votação, nesta terça-feira (25), antes de estar pronta para sanção.
Texto da Câmara Municipal de Curitiba