A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou, nesta segunda-feira (18), a criação do Dia do Rei Pelé. A data será comemorada anualmente na data de 19 de novembro, em referência ao milésimo gol do atleta. “Fomos procurados pelo Pequeno Príncipe, para propor essa homenagem ao Pelé, que, além de ter sido eleito o atleta do século e de ter sido o maior jogador de futebol da história, deu à instituição o direito de utilizar seu nome para levantar fundos”, explicou Marcelo Fachinello (Pode), presidente da CMC, que protocolou o projeto de lei.

A votação foi unânime, com 28 votos favoráveis, em reconhecimento à importância da iniciativa, que trouxe ao plenário da CMC o diretor-corporativo do Pequeno Príncipe, José Álvaro Carneiro. “Ser o único projeto social no mundo a levar o nome do maior jogador de todos os tempos é uma honra para nós. O apoio do Pelé nos abriu muitas portas para captar recursos nacionais e internacionais”, reconheceu o diretor do Pequeno Príncipe, justificando a criação do Dia do Rei Pelé. Em plenário, Fachinello adiantou que a ideia é criar a data nos três níveis da federação, sendo que, na Assembleia Legislativa do Paraná, o projeto foi apresentado por Alexandre Curi (PSD) e, na Câmara Federal, por Luciano Ducci (PSB).

Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe foi criado em 2006

Na Câmara de Curitiba, o protocolo foi feito pelo presidente Marcelo Fachinello, em coautoria com os vereadores Bruno Pessuti (Pode), Eder Borges (PP), Ezequias Barros (PMB), Herivelto Oliveira (Cidadania), Marcos Vieira (PDT), Mauro Bobato (Pode), Noemia Rocha (MDB), Oscalino do Povo (PP), Pastor Marciano Alves (Solidariedade), Sidnei Toaldo (Patriota) e Tito Zeglin (PDT). O ex-jogador Edson Arantes do Nascimento, Pelé, faleceu em 29 de dezembro de 2022, aos 82 anos de idade, em decorrência de um câncer. Criado em 2006, o Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe hoje é a casa de 96 projetos científicos, 13 dos quais sobre a covid-19 (005.00157.2023).

No plenário, diversos vereadores apoiaram verbalmente a criação do Dia do Rei Pelé. Eder Borges disse que tem recebido de comerciantes e artistas pedidos para a colocação de uma estátua dele na cidade. Ezequias Barros e Sidnei Toaldo compartilharam histórias de família, agradecendo o atendimento que tiveram no Hospital Pequeno Príncipe. Marcos Vieira (PDT) falou da importância do esporte para salvar vidas, e Giorgia Prates – Mandata Preta (PT), que Pelé também é um ícone para a luta antirrascista no futebol.

Serginho do Posto (União) destacou a expansão do Pequeno Príncipe, que planeja a construção de um novo complexo médico no bairro Bacacheri, desejando sorte à iniciativa. Ele, Fachinello e Angelo Vanhoni (PT) falaram, em plenário, do destaque internacional da instituição, que, segundo ranking elaborado pela revista Newsweek, é o principal hospital pediátrico da América Latina. “A cidade ainda não compreendeu a importância do Pequeno Príncipe para Curitiba”, comentou Vanhoni. “É legítimo que Curitiba tenha o Dia do Rei Pelé”, resumiu Mauro Bobato, “porque quando alguém da grandeza do Pelé empresta seu nome a uma entidade, isso diz muito [positivamente]”.

Além da fusão do nome do atleta ao do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, Marcelo Fachinello lembrou do apoio direto dele ao financiamento da atividade, com a realização da campanha Gols Pela Vida. Nela, foram fabricadas três medalhas para cada gol feito por Pelé, cuja venda reverte recursos para o atendimento de crianças. “Ele veio até Curitiba dez vezes, visitava as crianças e se conectava com elas. De tão importante que Pelé foi, ele virou até verbete no dicionário, como sinônimo de algo extraordinário”, destacou o presidente da CMC.

Texto da Câmara Municipal de Curitiba.
Fotos: Carlos Costa/CMC